Disc 1 | ||||||
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1. |
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2. |
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3. |
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De Rosa ao peito na roda
Eu bailei com quem calhou Tantas voltas dei bailando Que a rosa se desfolhou Quem tem, quem tem Amor a seu jeito Colha a rosa branca Ponha a rosa ao peito O roseira, roseirinha Roseira do meu jardim Se de rosas gostas tanto Porque nao gostas de mim? |
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4. |
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Apenas quando as lagrimas me dao
Um sentido mais fundo ao teu segredo E que eu me sinto puro e me concedo A graca de escutar o coracao Logo a seguir (porque?), vem a suspeita De que em nos os dois tudo e premeditado. E as lagrimas entao seguem o fado De tudo quanto o nosso amor rejeita. Nao mais queremos saber do coracao Nem nos importa o que ele nos concede, Regressando, febris, aquela sede Onde so vale o que os sentidos dao. |
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5. |
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Ondas sagradas do Tejo
Deixa-me beijar as tuas aguas Deixa-me dar-te um beijo Um beijo de magoa Um beijo de saudade Para levar ao mar e o mar a minha terra Nas tuas ondas cristalinas Deixa-me dar-te um beijo Na tua boca de menina Deixa-me dar-te um beijo, oh Tejo Um beijo de magoa Um beijo de saudade Para levar ao mar e o mar a minha terra Minha terra e aquela pequenina E Cabo Verde terra minha Aquela que no mar parece crianca E filha do oceano E filha do ceu Terra da minha mae terra dos meus amores Bejo Di Sodade Onda sagrada di Tejo Dixam'bejabu bo agua Dixam'dabu um beijo Um bejo di magoa Um bejo di sodadi Pa bo leva mar, pa mar leval'nha terra Na bos onda cristalina Dixam'dabu um beijo Na bo boca di mimina Dixam'dabu um beijo oh Tejo Um bejo di magoa Um bejo di sodadi Pa bo leva mar, pa mar leval'nha terra Nha terra e quel piquinino E Cabo Verde, quel que di meu Terra que na mar parce minino E fidjo d'oceano E fidjo di ceu Terra di nha mae Terra di nha cretcheu |
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6. |
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Quando o sol vai caindo sobre as aguas
Num nervoso de liqueo de ouro intenso de onde vem essa voz cheia de magua com que falas a terra o mar imeso O mar Tu falas de festins e cavalgadas de cavaleiros errantes ao luar falas de caravelas encantadas que dormem em teu seio a solucar tens cantos de epopeias Tens anseios de amarguras tu tens tambem receios o mar cheio de esperanca e magestade de onde vem essa voz o mar amigo talvez a voz de um Portugal antigo Chamando por Camoes numa saudade Chamando por Camoes numa saudade Tu falas de festins e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar Falas de caravelas encantadas que dormem em teu seio a solucar tens cantos de epopeias tens anseios de amarguras tu tens tambem receios o mar Cheio de esperanca e magestade de onde vem essa voz o mar amigo talvez a voz de um Portugal antigo Chamando por Camoes numa saudade Chamando por Camoes numa saudade |
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7. |
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Ah caminhos da fronteira
Porque me haveis de guardar Alem sao terras de Espanha Quem as descobre ao luar Ah caminhos da fronteira Porque me haveis de guardar Oh aguas do rio Minho Porque me haveis de chorar Todos os mocos da raia Teem alma p'ra cantar Oh agua do rio Minho Porque me haveis de chorar Muralhas do mar formoso Alevantem-se ao meu lado Ja vejo o mar tenebroso Por tras do mar azulado Muralhas do mar formoso Alevantem-se ao meu lado Rio Minho e rio norte Rio Lima e rio sul Depois o mar continua Aquela fronteira azul Rio Minho e rio norte Rio Lima e rio sul E tudo e mar tenebroso Para alem do rio Minho Espanha que o luar banha E que em meu sonho adivinho E tudo e mar tenebroso Para alem do rio Minho |
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8. |
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Quando Lisboa anoitece
Como um veleiro sem velas Alfama toda parece Uma casa sem janelas Aonde o povo arrefece E numa agua-furtada No espaco roubado a magoa Que Alfama fica fechada Em quatro paredes de agua Quatro paredes de pranto Quatro muros de ansiedade Que a noite fazem o canto Que se acende na cidade Fechada em seu desencanto Alfama cheira a saudade Alfama nao cheira a fado Cheira a povo, a solidao, Cheira a silencio magoado Sabe a tristeza com pao Alfama nao cheira a fado Mas nao tem outra cancao. |
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9. |
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Cresce a noite pelas ruas de Lisboa
E os meninos como eu foram dormir So eu fico com o sonho que ja voa Nesta estranha minha forma de sentir Deixo o quarto com passinhos de menina Num silencio que respeita o mais sagrado Quando o brilho dos meus olhos na cortina Se deleitam ao ouvir cantar o fado Meu amor, vai-te deitar, ja e tarde Diz meu pai sempre que vem perto de mim Nesse misto de orgulho e de saudade De quem sente um novo amor no meu jardim E adormeco nos seus bracos de guitarra Doce embalo que renasce a cada dia Esse sonho de cantar a madrugada Que foi berco num tasco da Mouraria |
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10. |
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Traz o vento as horas
Em que o amor em mim refez, Entre o medo e as demoras, Os silencios sem "porques". Vao no vento os medos Que soubeste a minha voz. Guardo ao vento os meus segredos E a razao de sermos nos. Meu amor, As ruas da cidade Canto o amor, Na voz de uma saudade, Que o amor E um fado sem idade Vem no vento a chuva Que se entrega ao meu olhar Quando a alma em mim se curva E teima em nao querer quebrar. E quando o tempo levar o sal do pranto Apagando a dor do fim, Escondo-me num fado e canto Como canta o vento em mim. Meu amor, As ruas da cidade Canto amor Na voz de uma saudade Quando o amor E mais que uma ansiedade, E a dor Dum fado sem idade... |
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11. |
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Como se eu mandasse nas palabras
Pediram-me que a dor fosse um sorriso Como se eu mandasse nas palabras Disseram-me ser louca e ser juizo Como se eu mandasse nas palabras Falaram-me que a agua era o deserto Como se eu mandasse nas palabras Disseram ser o mesmo o longe e o perto Palabras nao sao so aquilo que eu oico Nao pecam que eu lhes ganhe ou nao as sinta Palavras sao demais para o que posso Nao queiram que eu as venca ou que lhes minta Como se eu mandasse nas palabras Quiseram que trocasse Sol por Lua Como se eu mandasse nas palabras Disseram-me que amar-te era ser tua Como se eu mandasse nas palabras Quiseram que emendasse o que esta escrito Para que? Se eu mandasse nas palabras Daria agora o dito por nao dito. Palabras nao sao so aquilo que oico Nao pecam que eu lhes ganhe ou que nao as sinta Palavras sao demais para o que posso Nao queiram que eus as venca ou que lhe minta. |
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12. |
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As guitarras sao um dom de Deus
As guitarras dao um som a vida E as cancoes que encantam todos os coracoes Ficam mais bonitas. As guitarras sao amores meus Sons talhados como pedras finas E as cancoes que aquecem todas as paixoes Ficam mais bonitas. Meu amor Vem sonhar Que ao som das guitarras, Esquecem-se as guerras, Vai-se a dor. Meu amor Vem cantar Junto com as guitarras. |
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13. |
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No meu deserto de agua
Nao havia luz para te olhar Tive que roubar a lua Para te poder iluminar Quando iluminei o teu rosto Fez-se dia no meu corpo Enquanto eu te iluminava Minha alma nascia de novo refrao: Sao as pequenas verdades As que guiam o meu caminho Verdades brancas Como a manha Que abre a janela do nosso destino Como o teu olhar Quando tu me olhas Como a tua lembranca Depois de partires E verdade que a sombra do ar me queima E e verdade que sem ti eu morro de pena Misteriosa era a tua boca Misterioso o meu lamento Mas nao se o nosso amor de primavera Foi mentira ou uma paixao verdadeira Quando a solidao regresse Cega de amor irei ate a morte As verdades so existem pelos recantos da mente Essa pequenas verdades que giram o meu caminho |
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14. |
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Diz me rio que conheco
Como nao conheco a mim Quanta magua vai correr Ate o desamor ter fim Tu nem me ouves lanceiro Por entre vales e montes Matando a sede ao salgueiro Lavando a alma das fontes Vi o meu amor partir Num comboio de vaidades Foi a procura de mundo No carrocel das cidades Onde o viver e folgado E dizem nao ha solidao Mas eu no meu descampado Nao tenho essa ilusao Se eu fosse nuvem branca E nao um farrapo de gente Vertia-me aguaceiro Dentro da tua corrente E assim corria sem dor Sem de mim querer saber E como tu nesse rumor Amava sem me prender Vem rio que se faz tarde para chegares a parte incerta espalha por esses montes que tenho a morada aberta (bis) |
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15. |
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16. |
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De Rosa ao peito na roda
Eu bailei com quem calhou Tantas voltas dei bailando Que a rosa se desfolhou Quem tem, quem tem Amor a seu jeito Colha a rosa branca Ponha a rosa ao peito O roseira, roseirinha Roseira do meu jardim Se de rosas gostas tanto Porque nao gostas de mim? |
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17. |
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Apenas quando as lagrimas me dao
Um sentido mais fundo ao teu segredo E que eu me sinto puro e me concedo A graca de escutar o coracao Logo a seguir (porque?), vem a suspeita De que em nos os dois tudo e premeditado. E as lagrimas entao seguem o fado De tudo quanto o nosso amor rejeita. Nao mais queremos saber do coracao Nem nos importa o que ele nos concede, Regressando, febris, aquela sede Onde so vale o que os sentidos dao. |
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18. |
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