‘가장 중요한 100인의 유럽 여성’, ‘2007년 가장 위대한 포루투갈 인물’ 선정. 자국 포루투갈이 아닌 모잠비크 출신으로 파두 본연의 정신에 현대적 어법을 도입하며 그녀만의 독창적인 영역을 개척해 나가고 있는 대형 파디스타 마리자의 2009년 발매 신작 [Terra].
독특한 헤어 스타일에 걸맞는 걸출한 가창력과 호소력 넘치는 감성으로 월드뮤직 계에 일대 센세이션을 몰고 왔던 데뷔작 [Fado Em Mim : 내 안의 파두]와 소포모어 앨범 [Fado Curve]를 시작으로 EMI 일련의 작품들인 [Transparente], [Concerto Em Lisboa]를 통해 국내에서도 그 입지를 단단히 굳히고 있는 마리자의 거부할 수 없는 진가를 만끽할 수 있는 네번째 정규작.
본작은 싱어 Buika, 국내에도 소개된 기타리스트 Dominic Miller, 피아니스트 Chucho Valdes, 싱어 Tito Paris 등 영국, 브라질, 쿠바, 스페인 출신의 저명한 뮤지션들이 대거 참여하여 파두 본연의 자세를 탐구하고 있는 마리자의 혈류에 농익은 플라멩코, 재즈적 터치를 가미시킨 명품 월드뮤직 앨범으로 파두와 월드뮤직 팬이라면 반드시 컬렉션에 포함시켜야 할 수작이다.
Apenas quando as lagrimas me dao Um sentido mais fundo ao teu segredo E que eu me sinto puro e me concedo A graca de escutar o coracao
Logo a seguir (porque?), vem a suspeita De que em nos os dois tudo e premeditado. E as lagrimas entao seguem o fado De tudo quanto o nosso amor rejeita.
Nao mais queremos saber do coracao Nem nos importa o que ele nos concede, Regressando, febris, aquela sede Onde so vale o que os sentidos dao.
Ondas sagradas do Tejo Deixa-me beijar as tuas aguas Deixa-me dar-te um beijo Um beijo de magoa Um beijo de saudade Para levar ao mar e o mar a minha terra
Nas tuas ondas cristalinas Deixa-me dar-te um beijo Na tua boca de menina Deixa-me dar-te um beijo, oh Tejo Um beijo de magoa Um beijo de saudade Para levar ao mar e o mar a minha terra
Minha terra e aquela pequenina E Cabo Verde terra minha Aquela que no mar parece crianca E filha do oceano E filha do ceu Terra da minha mae terra dos meus amores
Bejo Di Sodade
Onda sagrada di Tejo Dixam'bejabu bo agua Dixam'dabu um beijo Um bejo di magoa Um bejo di sodadi Pa bo leva mar, pa mar leval'nha terra
Na bos onda cristalina Dixam'dabu um beijo Na bo boca di mimina Dixam'dabu um beijo oh Tejo Um bejo di magoa Um bejo di sodadi Pa bo leva mar, pa mar leval'nha terra
Nha terra e quel piquinino E Cabo Verde, quel que di meu Terra que na mar parce minino E fidjo d'oceano E fidjo di ceu Terra di nha mae Terra di nha cretcheu
Quando o sol vai caindo sobre as aguas Num nervoso de liqueo de ouro intenso de onde vem essa voz cheia de magua com que falas a terra o mar imeso O mar
Tu falas de festins e cavalgadas de cavaleiros errantes ao luar falas de caravelas encantadas que dormem em teu seio a solucar tens cantos de epopeias Tens anseios de amarguras tu tens tambem receios o mar cheio de esperanca e magestade de onde vem essa voz o mar amigo talvez a voz de um Portugal antigo Chamando por Camoes numa saudade Chamando por Camoes numa saudade
Tu falas de festins e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar Falas de caravelas encantadas que dormem em teu seio a solucar tens cantos de epopeias tens anseios de amarguras tu tens tambem receios o mar Cheio de esperanca e magestade de onde vem essa voz o mar amigo talvez a voz de um Portugal antigo Chamando por Camoes numa saudade Chamando por Camoes numa saudade
Ah caminhos da fronteira Porque me haveis de guardar Alem sao terras de Espanha Quem as descobre ao luar Ah caminhos da fronteira Porque me haveis de guardar
Oh aguas do rio Minho Porque me haveis de chorar Todos os mocos da raia Teem alma p'ra cantar Oh agua do rio Minho Porque me haveis de chorar
Muralhas do mar formoso Alevantem-se ao meu lado Ja vejo o mar tenebroso Por tras do mar azulado Muralhas do mar formoso Alevantem-se ao meu lado
Rio Minho e rio norte Rio Lima e rio sul Depois o mar continua Aquela fronteira azul Rio Minho e rio norte Rio Lima e rio sul
E tudo e mar tenebroso Para alem do rio Minho Espanha que o luar banha E que em meu sonho adivinho E tudo e mar tenebroso Para alem do rio Minho
Quando Lisboa anoitece Como um veleiro sem velas Alfama toda parece Uma casa sem janelas Aonde o povo arrefece
E numa agua-furtada No espaco roubado a magoa Que Alfama fica fechada Em quatro paredes de agua Quatro paredes de pranto
Quatro muros de ansiedade Que a noite fazem o canto Que se acende na cidade Fechada em seu desencanto Alfama cheira a saudade
Alfama nao cheira a fado Cheira a povo, a solidao, Cheira a silencio magoado Sabe a tristeza com pao Alfama nao cheira a fado Mas nao tem outra cancao.
Cresce a noite pelas ruas de Lisboa E os meninos como eu foram dormir So eu fico com o sonho que ja voa Nesta estranha minha forma de sentir
Deixo o quarto com passinhos de menina Num silencio que respeita o mais sagrado Quando o brilho dos meus olhos na cortina Se deleitam ao ouvir cantar o fado
Meu amor, vai-te deitar, ja e tarde Diz meu pai sempre que vem perto de mim Nesse misto de orgulho e de saudade De quem sente um novo amor no meu jardim
E adormeco nos seus bracos de guitarra Doce embalo que renasce a cada dia Esse sonho de cantar a madrugada Que foi berco num tasco da Mouraria
Como se eu mandasse nas palabras Pediram-me que a dor fosse um sorriso Como se eu mandasse nas palabras Disseram-me ser louca e ser juizo
Como se eu mandasse nas palabras Falaram-me que a agua era o deserto Como se eu mandasse nas palabras Disseram ser o mesmo o longe e o perto
Palabras nao sao so aquilo que eu oico Nao pecam que eu lhes ganhe ou nao as sinta Palavras sao demais para o que posso Nao queiram que eu as venca ou que lhes minta
Como se eu mandasse nas palabras Quiseram que trocasse Sol por Lua Como se eu mandasse nas palabras Disseram-me que amar-te era ser tua
Como se eu mandasse nas palabras Quiseram que emendasse o que esta escrito Para que? Se eu mandasse nas palabras Daria agora o dito por nao dito.
Palabras nao sao so aquilo que oico Nao pecam que eu lhes ganhe ou que nao as sinta Palavras sao demais para o que posso Nao queiram que eus as venca ou que lhe minta.
No meu deserto de agua Nao havia luz para te olhar Tive que roubar a lua Para te poder iluminar
Quando iluminei o teu rosto Fez-se dia no meu corpo Enquanto eu te iluminava Minha alma nascia de novo
refrao: Sao as pequenas verdades As que guiam o meu caminho Verdades brancas Como a manha Que abre a janela do nosso destino Como o teu olhar Quando tu me olhas Como a tua lembranca Depois de partires
E verdade que a sombra do ar me queima E e verdade que sem ti eu morro de pena
Misteriosa era a tua boca Misterioso o meu lamento Mas nao se o nosso amor de primavera Foi mentira ou uma paixao verdadeira
Quando a solidao regresse Cega de amor irei ate a morte As verdades so existem pelos recantos da mente Essa pequenas verdades que giram o meu caminho
Apenas quando as lagrimas me dao Um sentido mais fundo ao teu segredo E que eu me sinto puro e me concedo A graca de escutar o coracao
Logo a seguir (porque?), vem a suspeita De que em nos os dois tudo e premeditado. E as lagrimas entao seguem o fado De tudo quanto o nosso amor rejeita.
Nao mais queremos saber do coracao Nem nos importa o que ele nos concede, Regressando, febris, aquela sede Onde so vale o que os sentidos dao.