Disc 1 | ||||||
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1. |
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2. |
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Trago fados nos sentidos
Tristezas no coracao Trago meus sonhos perdidos Em noites de solidao Trago versos, trago sons, De uma grande sinfonia Tocada em todos os sons Sa tristeza e da alegria Trago amarguras aos molhos Lucidez e desatino Trago secos os meus olhos Que choram desde meninos Trago noites de luar Trago planicies de flores Trago o ceu e trago o mar Trago dores ainda maiores |
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3. |
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4. |
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5. |
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Nao sei do teu inverno,
das historias levadas pelos ventos da memoria. So sei que ainda fazes parte do meu desejo fugaz presenca, calmo entardecer. Na voz tolhida e fraca um olhar me comove. A rua incandescente por onde foste sem voltar. Ve la ainda espero um sinal do teu lenco acenando a proa de um navio triste que na bruma se foi... |
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6. |
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Diz-me agora o teu nome
Se ja te dissemos que sim Pelo olhar que demora Porque me olhas assim Porque me rondas assim Toda a luz da avenida Se desdobra em paixao Magias de druida P'lo teu toque de mao Soam ventos amenos P'los mares morenos Do meu coracao Espelhando as vitrinas Da cidade sem fim Tu surgiste divina Porque me abeiras assim Porque me tocas assim E trocamos pendentes Velhas palavras tontas Com sotaques diferentes Nossa prosa esta pronta Dobrando esquinas e gretas P'lo caminho das letras Que tudo o resto nao conta E la fomos audazes Por passeios tardios Vadiando o asfalto Cruzando outras pontes De mares que sao rios E num bar fora de horas Se eu chorar perdoa O meu bem e que eu canto Por dentro sonhando Que estou em Lisboa Diz-me tu entao que sou teu Que tu es tudo p'ra mim Que me poes no apogeu Porque me abracas assim Porque me beijas assim Por esta noite adiante Se tu me pedes enfim Num ceu de anuncios brilhantes Vamos casar em Berlim A luz va dos farois Sao de seda os lencois Porque me amas assim |
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7. |
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8. |
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10. |
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11. |
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Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade. Que todos os ais sao meus, Que e toda a minha saudade. Foi por vontade de Deus. Que estranha forma de vida Tem este meu coracao: Vive de forma perdida; Quem lhe daria o condao? Que estranha forma de vida. Coracao independente, Coracao que nao comando: Vive perdido entre a gente, Teimosamente sangrando, Coracao independente. Eu nao te acompanho mais: Para, deixa de bater. Se nao sabes aonde vais, Porque teimas em correr, Eu nao te acompanho mais. Strange Way of Live It was by God's will That i live in that anxiety. That all "ouches" are mine, That is completel my longing. It was by God's will. What strange way of life Has this heart of mine: Living lostly; Who would give it magic power? What strange way of life. Independant heart Heart i can't command: I live lost amongs the people, Stubbornly bleeding, Independent heart. I won't follow you up anymore: Stop, quit beating If you don't know where you go Why insist on running, I won't follow you up anymore. |
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12. |
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19. |
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20. |
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E varina, usa chinela,
Tem movimentos de gata, Na canastra , a caravela, No coracao, a fragata. Em vez de corvos no xaile, Gaivotas vem pousar. Quando o vento a leva ao baile, Baila no baile com o mar. E de conchas o vestido, Tem algas na cabeleira, E nas veias o latido Do motor duma traineira. Vende sonhos e maresia, Tempestades apregoa. Seu nome proprio: Maria, Seu apelido: Lisboa. She is a varina, and wears chinela She moves like a cat In the basket, the caravel In her heart, the frigate Instead of ravens on the shawl sea-gulls came to lay down. When the wind takes her to the ball She dances at the ball with the see. Her dress is made of shells She has seaweed on her hair And in her veins, (has) the bark of the engine of a traineira. She sells dreams and the smell of the sea She announces storms her first name: Maria Her surname: Lisboa |