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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
Quando uma estrela cai, no escurao da noite,
e um violeiro toca suas magoas. Entao os "oio" dos bichos, vao ficando iluminados Rebrilham neles estrelas de um sertao enluarado. Quando o amor termina, perdido numa esquina, e um violeiro toca sua sina. Entao os "oio" dos bichos, vao ficando entristecidos Rebrilham neles lembrancas dos amores esquecidos. Quando o amor comeca, nossa alegria chama, e um violeiro toca em nossa cama. Entao os "oio" dos bichos, sao os olhos de quem ama Pois a natureza e isso, sem medo, nem do, nem drama Tudo e sertao, tudo e paixao, se o violeiro toca A viola, o violeiro e o amor se tocam... |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
Vai boieiro, rio abaixo
Vai levando gado e gente O sol trouxe-me a semente Eh, porto de Corumba Um amor, toda beleza Como um canto de nobreza Deslizar na veia d'agua Eh, rio Paraguai Rio acima, peixe-boi Passarada, matagal Veio bugre entoando Seu antigo ritual |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002) | |||||
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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
Na madrugada e eu na beira da estrada
A lua cheia e minguada e de repente Apareceu um cavaleiro de bota e chapeu de couro, Me lembrando o velho mouro E la fiquemos ele e mais eu, Cruzou os pes, apiou do seu cavalo, Deixou a redia num talo de uma roseira sem flor Diz que seguia pelo mundo solitario e Quebrava todo galho apartando a dor Quem nao ouviu falar, Quem nao quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras Divulgando a reza brava do Capim de ribanceira Enquanto o bule de cafe bulia A brasa da fogueira refletia o seu olhar Eu pude ver que ele sabia coisa ate do outro mundo e Essa noite eu fui aluno do seu estranho poder Com sete pontas de uma rama trepadeira e uma Arruda e a piteira O meu corpo ele tocou Naquele instante me bateu uma zonzeira e Duma tosse cuspideira o velhinho me livrou E quem nao ouviu falar Quem nao quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava do Capim de ribanceira |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
La vai uma chalana
Bem longe se vai Navegando no remanso Do Rio Paraguai Ah! Chalana sem querer Tu aumentas minha dor Nessas aguas tao serenas Vai levando meu amor Ah! Chalana sem querer Tu aumentas minha dor Nessas aguas tao serenas Vai levando meu amor E assim ela se foi Nem de mim se despediu A chalana vai sumindo Na curva la do rio E se ela vai magoada Eu bem sei que tem razao Fui ingrato Eu feri o seu pobre coracao Ah! Chalana sem querer Tu aumentas minha dor Nessas aguas tao serenas Vai levando meu amor Ah! Chalana sem querer Tu aumentas minha dor Nessas aguas tao serenas Vai levando meu amor |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002) | |||||
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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada
A poeira e como o tempo, um veu, uma bandeira, tropa viajada Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada E sumiram la na curva, na curva da vida, na curva da estrada E depois dali pra frete, nao se tem noticias, nao se sabe Nada que dissesse algo de boi, de boiada De peao de estrada disse um viajante, historia mal contada Ninguem viu, nem rastro, nem homem, nem nada Isso foi ha muito tempo, tempo em que a tropa ainda viajava Com seus fados e pelegos no rangeu do arreio ao romper da aurora Tempos de estrelas cadentes, fogueiras ardentes, ao som da viola Dias e meses fluindo, destino seguindo, e a gente indo embora Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da historia E ate hoje em dia quando junta a peaozada Coisas assombradas, verdades juradas Dizem que sumiram, que nao existiram Ninguem sabe nada Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada A poeira e como o tempo, um veu, uma bandeira, tropa viajada Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada Dias e meses seguindo, destino fluindo, e a gente indo embora Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte E ate hoje em dia quando junta a peaozada Coisas assombradas, verdades juradas Dizem que sumiram, que nao existiram Que nao sabe nada |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002)
Lua cheia e viola pontiada
Eu comparo a rosa sem espinho Trago o vinho e vai Comecar a ceia Suas teias da baba da aranha E assanha essa tal moca bonita Ai! No meu peito brota aflita A flor do amor Ai! A flor do amor Madrugada o orvalho vai caindo Rega o verde que forma minha vida Pico a ponta do seio da menina Me alucina o prazer De ver crescer a flor do amor Ai! A flor do amor Ai! Ai! A flor do amor Pro encanto ou magia Me esvazia o coracao Meio dia o sol abriu Quando chego na estacao Tava todinha arrumadinha Tinha sacola na mao Na mesma hora fui embora Pra nao ter que ver morrer A flor do amor Ai! A flor do amor Ai! Ai! A flor do amor |
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from Almir Sater - Almir Sater (2002) | |||||
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from Almir Sater - Almir Sater (2002) | |||||
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from Sergio Reis - Sergio Reis (2010) | |||||
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from Dorival Caymmi 100 Anos [omnibus] (2014) |