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from Cristina Branco - Abril (2007)
O meu menino e d'oiro
E d'oiro fino Nao facam caso que e pequenino O meu menino e d'oiro D'oiro fagueiro Hei de leva-lo no meu veleiro. Venham aves do ceu Pousar de mansinho Por sobre os ombros do meu menino Do meu menino, do meu menino Venha comigo venham Que eu nao vou so Levo o menino no meu treno. Quantos sonhos ligeiros Pra teu sossego Menino avaro nao tenhas medo Onde fores no teu sonho Quero ir contigo Menino de oiro sou teu amigo Venham altas montanhas Ventos do mar Que o meu menino Nasceu pra amar Venha comigo venham Que eu nao vou so Levo o menino no meu treno. O meu menino e d'oiro E d'oiro e de oiro fino .... Venham altas montanhas Moj chłopak jest ze złota Z czystego złota Nie przypadkiem taki mały Moj chłopak jest ze złota Złota w pełni wysrtarczaj?cego Wezm? go na moj? łod?. Zapraszamy ptaki na niebie aby l?dowały delikatnie W ramionach mojego małego chłopca Mojego chłopca, mojego chłopca Chod? ze mn? si? przej?c gdzie nie pojde tylko Bior? na moje sanki chłopaka. Jak wiele snow ?wietła Dla twego (s)pokoju Chłopcze sk?py nie boj si? Gdzie idziesz w swoj sen Chc? is? z tob? Złoty chłopcze jestem twoim przyjacielem Chodzcie wysokie gorach Morskie wiatry To jest moj chłopak Zrodzony do miło?ci Chod? ze mn? si? przej?c gdzie nie pojde tylko Bior? na moje sanki chłopaka. Moj chłopak jest ze złota ze złota, z czystego złota Chodzcie wysokie gorach |
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Senhor arcanjo
Vamos jantar Caem os anjos Num alguidar Hibernam tibias Suspiram ras Comem orquideas Nas barbacas Entra na porta Menina-faia Prova uma torta Desta papaia Palita os dentes Poe-te a cavar Dormem videntes No Ultramar Senhor arcanjo Vamos jantar Caem os anjos Num alguidar Que bela fita Que bem nao esta A prima Bia De tafeta E vai o lente Come um repolho Parte-se um pente Fura-se um olho A pacotilha Tem mais amor A gargantilha Do regedor Senhor arcanjo Vamos jantar Caem os anjos Num alguidar Poe a gravata Menino bem Que essa cantata Nao soa bem Senhor arcanjo Vamos jantar Caem os anjos Num alguidar E as quatro filhas Do maraja Vao de patilhas Beber o cha |
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Maio maduro Maio
Quem te pintou Quem te quebrou o encanto Nunca te amou Raiava o Sol ja no Sul E uma falua vinha La de Istambul Sempre depois da sesta Chamando as flores Era o dia da festa Maio de amores Era o dia de cantar E uma falua andava Ao longe a varar Maio com meu amigo Quem dera ja Sempre depois do trigo Se cantara Que importa a furia do mar Que a voz nao te esmoreca Vamos lutar Numa rua comprida El-rei pastor Vende o soro da vida Que mata a dor Venham ver, Maio nasceu Que a voz nao te esmoreca A turba rompeu |
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Num botao de branco punho
Num braco de fora preto Vou pedir contas ao mundo Alem naquele coreto (2x) La vai uma la vao duas Tres pombas a descansar Uma e minha outra e tua Outra e de quem a agarrar Na sala ha cinco meninas E um botao de sardinheira Feita de fruta madura Nos bracos duma rameira (2x) La vai uma la vao duas... O Sol e quem fez a cura Com alfinete de dama Na sala ha cinco meninas Feitas duma capulana La vai uma la vao duas... Quando a noite se avizinha Do outro lado da rua Vem Ana, vem Serafina Vem Mariana, a mais pura La vai uma la vao duas... Ha sempre um botao de punho Num braco de fora preto Vou pedir contas ao mundo Alem naquele coreto (2x) La vai uma la vao duas... O noite das columbinas Leva-as na tua algibeira Na sala ha cinco meninas Feitas da mesma maneira La vai uma la vao duas... |
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Estavam todas juntas
Quatrocentas bruxas A espera a espera A espera da lua cheia Estavam todas juntas Veio um chibo velho Dancar no adro Alguem morreu Arlindo coveiro Com a tua marreca Leva-me primeiro Para a cova aberta Arlindo, Arlindo Bailador das fadas Vai ao pe coxinho Cava-me a morada Arlindo coveiro Cava-me a morada Fecha-me o jazigo Quero campa rasa Arlindo, Arlindo Bailador das fadas Vai ao pe coxinho Cava-me a morada |
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Eu fui ver a minha amada
La pros baixos dum jardim Dei-lhe uma rosa encarnada Para se lembrar de mim Eu fui ver o meu benzinho La pros lados dum passal Dei-lhe o meu lenco de linho Que e do mais fino bragal Eu fui ver uma donzela Numa barquinha a dormir Dei-lhe uma colcha de seda Para nela se cobrir Eu fui ver uma solteira Numa salinha a fiar Dei-lhe uma rosa vermelha Para de mim se encantar Eu fui ver a minha amada La nos campos eu fui ver Dei-lhe uma rosa encarnada Para de mim se prender Verdes prados, verdes campos Onde esta minha paixao As andorinhas nao param Umas voltam outras nao Minha mae quando eu morrer Ai chore por quem muito amargou Para entao dizer ao mundo Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou |
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from Cristina Branco - Abril (2007)
Venham mais cinco
Duma assentada Que eu pago ja Do branco ou tinto Se o velho estica Eu fico por ca Se tem ma pinta Da-lhe um apito E poe-no a andar De espada a cinta Ja cre que e rei D´Aquem e D'Alem Mar Nao me obriguem A vir para a rua Gritar Que e ja tempo De embalar a trouxa E zarpar A gente ajuda Havemos de ser mais Eu bem sei Mas ha quem queira Deitar abaixo O que eu levantei A bucha e dura Mais dura e a razao Que a sustem So nesta rusga Nao ha lugar Pros filhos da mae Nao me obriguem A vir para a rua Gritar Que e ja tempo De embalar a trouxa E zarpar Bem me diziam Bem me avisavam Como era a lei Na minha terra Quem trepa No coqueiro E o rei |
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Ergue-te o Sol de Verao
Somos nos os teus cantores Da matinal cancao Ouvem-se ja os rumores Ouvem-se ja os clamores Ouvem-se ja os tambores Cobre-te canalha Na mortalha Hoje o rei vai nu Os velhos tiranos De ha mil anos Morrem como tu Abre uma trincheira Companheira Deita-te no chao Sempre a tua frente Viste gente De outra condicao Ergue-te o Sol de Verao Somos nos os teus cantores Da matinal cancao Ouvem-se ja os rumores Ouvem-se ja os clamores Ouvem-se ja os tambores Livra-te do medo Que bem cedo Ha de o Sol queimar E tu camarada Poe-te em guarda Que te vao matar Venham lavradeiras Mondadeiras Deste campo em flor Venham enlacadas De maos dadas Semear o amor Ergue-te o Sol de Verao Somos nos os teus cantores Da matinal cancao Ouvem-se ja os rumores Ouvem-se ja os clamores Ouvem-se ja os tambores Venha a mare cheia Duma ideia Pra nos empurrar So um pensamento No momento Pra nos despertar E ia mais um braco E outro braco Nos conduz irmao Sempre a nossa fome Nos consome Da-me a tua mao Ergue-te o Sol de Verao Somos nos os teus cantores Da matinal cancao Ouvem-se ja os rumores Ouvem-se ja os clamores Ouvem-se ja os tambores |
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from Cristina Branco - Abril (2007)
Chamaram-me um dia
Cigano e maltes Menino, nao es boa res Abri uma cova Na terra mais funda Fiz dela A minha sepultura Entrei numa gruta Matei um tritao Mas tive O diabo na mao Havia um comboio Ja pronto a largar E vi O diabo a tentar Pedi-lhe um cruzado Fiquei logo ali Num leito De penas dormi Puseram-me a ferros Soltaram o cao Mas tive o diabo na mao Voltei de charola De cilha e arnes Amigo, vem ca Outra vez Subi uma escada Ganhei dinheirama Senhor D. Fulano Marques Perdi na roleta Ganhei ao gamao Mas tive O diabo na mao Ao dar uma volta Cai no lancil E veio O diabo a ganir Nadavam piranhas Na lagoa escura Tamanhas Que nunca tal vi Limpei a viseira Peguei no arpao Mas tive O diabo na mao |
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De que tunel de que arvore
De que zero de remorso De que rasura do vento De que nupcias de marmore De que fresta de que portico Saiste neste momento Para que praia que porto Que fugitiva garupa Que torre desconhecida Que maos que bracos que rosto Que tempestade difusa Te encontras ja de partida Nao es de nenhum sossego Vives no gume do ser Na fronteira do devir E assim me tornas eu mesma Entre nascer e morrer Entre chegar e partir |
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Aconteceu quando a gente nao esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar Aconteceu diferente das historias Que os romances e a memoria Tem costume de contar Aconteceu sem que o chao tivesse estrelas Aconteceu sem um raio de luar O nosso amor foi chegando de mansinho Se espalhou devagarinho Foi ficando ate ficar Aconteceu sem que o mundo agradecesse Sem que rosas florescessem Sem um canto de louvor Aconteceu sem que houvesse nenhum drama So o tempo fez a cama Como em todo grande amor |
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Meu amor e marinheiro
E mora no alto mar Seus bracos sao como o vento Ninguem os pode amarrar Quando chega a minha beira Todo o meu sangue e um rio Onde o meu amor aporta Meu coracao um navio Meu amor disse que eu tinha Na boca um gosto a saudade E uns cabelos onde nascem Os ventos e a liberdade Meu amor e marinheiro Quando chega a minha beira Acende um cravo na boca E canta desta maneira Eu vivo la longe, longe Onde moram os navios Mas um dia hei-de voltar As aguas dos nossos rios Hei-de passar nas cidades Como o vento nas areias E abrir todas as janelas E abrir todas as cadeias Meu amor e marinheiro E mora no alto mar Coracao que nasceu livre Nao se pode acorrentar |
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from Cristina Branco - Sensus (2003)
Assim que te despes
As proprias cortinas Ficam boquiabertas Sobre a luz do dia Os teus olhos pedem Mas boca exige Que te inunde as pernas Toda a luz do dia Ate o teu sexo Que negro cintila Mais e mais desperta Para a luz do dia E a noite percebe Ao ver-te despido O grande misterio Que ha na luz do dia As soon as you undress the blinds stay open-mouthed under the day light your eyes ask but mouth demands that flood your legs all of the day light even your sex that black shines more and more awakes for the day light and the night understands, by seeing you undressed the great mistery that exists in daylight |
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from Cristina Branco - Sensus (2003)
Tem um jeito manso que e so seu
E que me deixa louca Quando me beija a boca A minha pele inteira fica arrepiada E me beija com calma e fundo Ate minha alma se sentir beijada, ai O meu amor Tem um jeito manso que e so seu Que rouba os meus sentidos Viola os meus ouvidos Com tantos segredos lindos e indecentes Depois brinca comigo Ri do meu umbigo E me crava os dentes, ai Eu sou sua menina, viu? E ele e o meu rapaz Meu corpo e testemunha Do bem que ele me faz O meu amor Tem um jeito manso que e so seu De me deixar maluca Quando me roca a nuca E quase me machuca com a barba malfeita E de pousar as coxas entre as minhas coxas Quando ele se deita, ai O meu amor Tem um jeito manso que e so seu De me fazer rodeios De me beijar os seios Me beijar o ventre E me deixar em brasa Desfruta do meu corpo Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai Eu sou sua menina, viu? E ele e o meu rapaz Meu corpo e testemunha Do bem que ele me faz Moja miło?? Ma delikatny sposob, ktory jest tylko jej I doprowadza mnie do szału Kiedy całuj? usta Cała dostaje g?siej skorki I całuj? spokojnie i gł?boko Aby moja dusza poczuła si? całowana, oh Moja miło?? Ma delikatny sposob, ktory jest tylko jej Ktory pozbawia mnie zmysłow Wiolonczela w moich uszach Z tak wieloma tajemnicami, pieknymi i nieprzyzwoitymi Gdy zagra ze mn? ?miech w mym brzuchu (p?pku) i rozdaj? z?by, oh Jestem twoj? dziewczyna, wiesz? A to moj chłopak Moje ciało jest ?wiadkiem Dobra ktore mnie czyni Moja miło?? Ma delikatny sposob, ktory jest tylko jej Doprowadza mnie do szału Kiedy dotknie mojej szyi I prawie mnie boli od złego ogolenia I l?dowania ud mi?dzy moje uda Kiedy mowi kłamstwa, oh Moja miło?? Ma delikatny sposob, ktory jest tylko jej Kr???c wokoł Całuj?c moje piersi Całuj?c brzuch I rozpalaj?c mnie Ciesz si? moje ciało Tak jakby? moje ciało było w jego domu, oh Jestem twoj? dziewczyna, wiesz? A to moj chłopak Moje ciało jest ?wiadkiem Dobra ktore mnie czyni |
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from Cristina Branco - Sensus (2003)
Faz so meu nome teu amor e amor;
E amas-me entao pois eu te chamo Ardor Se a alma te reprova eu venha perto, Jura a cega, que o teu ardor eu fosse; Ardor tem, como saber, sitio certo, E assim me enchas, amor, medida doce. Ardor enche de ardor e amor teu cofre, Ai, ladeia-o de ardor! E ardor do apronto E bem prova que em vazadouro sofre Se o numero e grande, eu so nao conto. Faz so meu nome teu amor e amor; E amas-me entao, pois eu te chamo Ardor Entao que eu passe em grupo sem ser visto, E nas contas dessa feitoria; Tem-me em nada, se te agradar resisto De que este nada em ti e docaria. Faz so meu nome teu amor e amor; E amas-me entao, pois eu te chamo Ardor |
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from Cristina Branco - Sensus (2003)
Rasguei o cabelo ao Sol.
Rasguei os ombros a Lua. Rasguei os dedos aos rios. Rasguei os labios as rosas E rasguei o ventre aos frutos E a garganta aos rouxinois. Mas ninguem (nem mesmo tu!) Viu que, em tudo, o que eu rasgava Era a imagem do teu corpo Branco, Firme, Intacto, Nu. |
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Por la blanda arena que lame el mar
su pequena huella no vuelve mas y un sendero solo de pena y silencio llego hasta el agua profunda y un sendero solo de penas puras llego hasta la espuma Sabe Dios que angustia te acompano que dolores viejos callo tu voz para recostarte arrullada en el canto de las caracolas marinas la cancion que canta en el fondo oscuro del mar la caracola Te vas Alfonsina con tu soledad que poemas nuevos fuiste a buscar? Y una voz antigua de viento y de sal te requiebra el alma y la esta llamando y te vas, hacia alla como en suenos, dormida Alfonsina, vestida de mar. Cinco sirenitas te llevaran por caminos de algas y de coral y fosforescentes caballos marinos haran una ronda a tu lado. Y los habitantes del agua van a jugar pronto a tu lado. Bajame la lampara un poco mas dejame que duerma, nodriza en paz y si llama el no le digas que estoy, dile que Alfonsina no vuelve. Y si llama el nole digas nunca que estoy, di que me he ido. Te vas Alfonsina con tu soledad que poemas nuevos fuiste a buscar? Y una voz antigua de viento y de sal te requiebra el alma y la esta llamando y te vas, hacia alla como en suenos, dormida Alfonsina, vestida de mar. |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
entrego ao vento os meus ais
onde o desejo se mata sete desejos carnais que o meu desejo desata meus labios estrelas da tarde sete crescentes de lua que o desejo nao me guarde na vontade de ser tua quero ser. eu sou assim. sete pedacos de vento sete rosas num jardim num jardim que eu propria invento sete ares de nostalgia sete perfumes diversos nos cristais da fantasia amante de amores dispersos sete gritos por gritar sete silencios viver sete luas por brilhar e um ceu para acontecer entrego ao vento os meus ais onde o desejo se mata sete desejos carnais que o meu desejo desata meus labios estrelas da tarde sete crescentes de lua que o desejo nao me guarde na vontade de ser tua que o desejo nao me guarde na vontade de ser tua que o desejo nao me guarde na vontade de ser tua |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
Nao sei do teu inverno,
das historias levadas pelos ventos da memoria. So sei que ainda fazes parte do meu desejo fugaz presenca, calmo entardecer. Na voz tolhida e fraca um olhar me comove. A rua incandescente por onde foste sem voltar. Ve la ainda espero um sinal do teu lenco acenando a proa de um navio triste que na bruma se foi... |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005) | |||||
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
Sur mes cahiers d'ecolier
Sur mon pupitre et les arbres Sur le sable de neige J'ecris ton nom Sur les pages lues Sur toutes les pages blanches Pierre sang papier ou cendre J'ecris ton nom Sur les images dorees Sur les armes des guerrier Sur la couronne des rois J'ecris ton nom Sur la jungle et le desert Sur les nids sur les genets Sur l'echo de mon enfance J'ecris ton nom Sur tous mes chiffons d'azur Sur l'etang soleil moisi Sur le lac lune vivante J'ecris ton nom Sur les champs sur l'horizon Sur les ailes des oiseaux Et sur le moulin des ombres J'ecris ton nom Sur chaque bouffees d'aurore Sur la mer sur les bateaux Sur la montagne demente J'ecris ton nom Sur la mousse des nuages Sur les sueurs de l'orage Sur la pluie epaisse et fade J'ecris ton nom Sur les formes scintillantes Sur les cloches des couleurs Sur la verite physique J'ecris ton nom Sur les sentiers eveilles Sur les routes deployees Sur les places qui debordent J'ecris ton nom Sur la lampe qui s'allume Sur la lampe qui s'eteint Sur mes raisons reunies J'ecris ton nom Sur le fruit coupe en deux Du miroir et de ma chambre Sur mon lit coquille vide J'ecris ton nom Sur mon chien gourmand et tendre Sur ses oreilles dressees Sur sa patte maladroite J'ecris ton nom Sur le tremplin de ma porte Sur les objets familiers Sur le flot du feu beni J'ecris ton nom Sur toute chair accordee Sur le front de mes amis Sur chaque main qui se tend J'ecris ton nom Sur la vitre des surprises Sur les levres attendries Bien au-dessus du silence J'ecris ton nom Sur mes refuges detruits Sur mes phares ecroules Sur les murs de mon ennui J'ecris ton nom Sur l'absence sans desir Sur la solitude nue Sur les marches de la mort J'ecris ton nom Sur la sante revenue Sur le risque disparu Sur l'espoir sans souvenir J'ecris ton nom Et par le pouvoir d'un mot Je recommence ma vie Je suis ne pour te connaitre Pour te nommer: liberte... |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005) | |||||
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
Diz-me agora o teu nome
Se ja te dissemos que sim Pelo olhar que demora Porque me olhas assim Porque me rondas assim Toda a luz da avenida Se desdobra em paixao Magias de druida P'lo teu toque de mao Soam ventos amenos P'los mares morenos Do meu coracao Espelhando as vitrinas Da cidade sem fim Tu surgiste divina Porque me abeiras assim Porque me tocas assim E trocamos pendentes Velhas palavras tontas Com sotaques diferentes Nossa prosa esta pronta Dobrando esquinas e gretas P'lo caminho das letras Que tudo o resto nao conta E la fomos audazes Por passeios tardios Vadiando o asfalto Cruzando outras pontes De mares que sao rios E num bar fora de horas Se eu chorar perdoa O meu bem e que eu canto Por dentro sonhando Que estou em Lisboa Diz-me tu entao que sou teu Que tu es tudo p'ra mim Que me poes no apogeu Porque me abracas assim Porque me beijas assim Por esta noite adiante Se tu me pedes enfim Num ceu de anuncios brilhantes Vamos casar em Berlim A luz va dos farois Sao de seda os lencois Porque me amas assim |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses, oceanos E por vezes, os bracos que apertamos nunca mais sao os mesmos, nunca mais E por vezes encontramos de nos em poucos meses O que a noite nos fez em poucos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos o por vezes, ao tomarmos o gosto aos oceanos O sarro das noites, nao dos meses la no fundo dos copos encontrados E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes, num segundo se assolam tantos anos E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes num segundo se assolam tantos anos |
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from Cristina Branco - Ulisses (2005) | |||||
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from Cristina Branco - Ulisses (2005)
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o ceu de Lisboa No desenho que fizesse, Nesse ceu onde o olhar E uma asa que nao voa, Esmorece e cai no mar. Que perfeito coracao No meu peito bateria, Meu amor na tua mao, Nessa mao onde cabia Perfeito o meu coracao. Se um portugues marinheiro, Dos sete mares andarilho, Fosse quem sabe o primeiro A contar-me o que inventasse, Se um olhar de novo brilho No meu olhar se enlacasse. Que perfeito coracao No meu peito bateria, Meu amor na tua mao, Nessa mao onde cabia Perfeito o meu coracao. Se ao dizer adeus a vida As aves todas do ceu, Me dessem na despedida O teu olhar derradeiro, Esse olhar que era so teu, Amor que foste o primeiro. Que perfeito coracao No meu peito morreria, Meu amor na tua mao, Nessa mao onde perfeito Bateu o meu coracao. |
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from Cristina Branco - O Descobridor (2002) | |||||
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Por teu livre pensamento
Foram-te longe encerrar Tao longe que o meu lamento Nao te consegue alcancar E apenas ouves o vento E apenas ouves o mar Levaram-te a meio da noite A treva tudo cobria Foi de noite numa noite De todas a mais sombria Foi de noite, foi de noite E nunca mais se fez dia. Ai! Dessa noite o veneno Persiste em me envenenar Oico apenas o silencio Que ficou em teu lugar E ao menos ouves o vento E ao menos ouves o mar. |
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002)
Tenho tantas recordacoes como
Folhas tremendo nos ramos, Canas murmurando a beira-rio, Aves cantando no ceu azul, Fremito, murmurios, cancao: Tantas! E mais disformes que sonhos. Mais ainda: De todas as esferas celestes; Como a onda, que ao quebrar, Invade a imensidao da praia, sem Nunca porem, um grao de areia expulsar. Em atropelo, ouco-as segredar, Ora agrestes, ora ternas, duras ou sinceras; De tanta fartura, ainda dou em louco, Esqueco quem sou e torno-me um outro. As que sao tristes, mais tristes me soam; Agora que sei outro recurso nao ter, Que ficar de novo encalhado Nas margens do eterno sofrer. Tambem as felizes, se tornam mais tristes, Pois para sempre se esvaneceram: Beijos, luxos, palavras do passado, Sao como frutos que em mim morreram. Nada mais tenho que recordacøes, A minha vida ja ha muito se foi. Como pode um morto cantar ainda? Em mim ja nenhum canto tem vida. Nas margens dos grandes mares, Na funda escuridao dos bosques, Ouco ainda o grande rumor despertar E nenhuma voz que o faca libertar. |
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002)
(Maria Duarte / Custodio Castelo)
Ha muito que tenho sede Sede que me faz gritar A esmola da gota d'agua Que ninguem tem p'ra me dar Ha em mim sede de Agosto Da agua que nao correu Das flores que secam nos vales Sede que a sede me deu Tenho a sede das searas E das criancas sem mae Tenho sede (tanta sede!) Da agua que nunca vem Eu tenho as sedes das fontes Que correm para ninguem Tenho sede de outras sedes Da sede que a sede tem |
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from Cristina Branco - Murmurios (2002) | |||||
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from Cristina Branco - Murmurios (2002)
Pombas brancas
Que voam altas Riscando as sombras Das nuvens largas La vao Pombas que nao voltam Trazem dentro Das asas prendas Nas bicos rosas Nuvens desfeitas No mar Pombas do meu cantar Canto apenas Lembrancas varias Vindas das sendas Que ninguem sabe Onde vao Pombas que nao voltam |
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from Cristina Branco - Post Scriptum (2000) | |||||
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from Cristina Branco - O Descobridor (2002) | |||||
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from Cristina Branco - O Descobridor (2002) | |||||
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from Cristina Branco - O Descobridor (2002) | |||||
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from KBS 제1 FM - 당신의 밤과 음악 (2001) | |||||
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from Cristina Branco - O Descobridor (2002)
(J. Slauerhoff - Custodio Castelo)
Tinha amor a terra que o mar lhe ocultava Amor, como uma mulher ao ente que vai nascer Assim ia cuidando e em sonhos se afundava No alto da coberta, olhando a proa erguer Pareceu-lhe que algo se mexia Uma nevoa ao longe a querer romper Enquanto o barco, espumando, as aguas dividia De encontro a terra prestes a nascer Ao descobri-la porem, soube-lhe a traicao Nada os unia. Oculto no silencio, nenhum cordao De novo quis encobri-la mas era tarde de mais: Nua jazia aos olhos do mundo. Apenas lhe restava Seguir curso tristemente, sem destino nem cais E sem corrente ? vazio de si no vazio dos mares |
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Sera que sou lento por ser triste,
Porque tudo julgo inutil e vao, E em terras de sol nada mais me assiste Que uma sombra aquem da imensidao? Ou sera que sou triste por ser lento, Porque nunca me lanco ao vasto mundo So Lisboa junto ao Tejo e meu intento Onde anonimo como sempre, me afundo E por isso dou comigo, a deriva P’las vielas escuras da pobre Mouraria? Ai encontro muitos como eu, sem via Os que vivem sem amor, fe, alegria... |
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Tenho tantas recordacoes como
Folhas tremendo nos ramos, Canas murmurando a beira-rio, Aves cantando no ceu azul, Fremito, murmurios, cancao: Tantas! E mais disformes que sonhos. Mais ainda: De todas as esferas celestes; Como a onda, que ao quebrar, Invade a imensidao da praia, sem Nunca porem, um grao de areia expulsar. Em atropelo, ouco-as segredar, Ora agrestes, ora ternas, duras ou sinceras; De tanta fartura, ainda dou em louco, Esqueco quem sou e torno-me um outro. As que sao tristes, mais tristes me soam; Agora que sei outro recurso nao ter, Que ficar de novo encalhado Nas margens do eterno sofrer. Tambem as felizes, se tornam mais tristes, Pois para sempre se esvaneceram: Beijos, luxos, palavras do passado, Sao como frutos que em mim morreram. Nada mais tenho que recordacøes, A minha vida ja ha muito se foi. Como pode um morto cantar ainda? Em mim ja nenhum canto tem vida. Nas margens dos grandes mares, Na funda escuridao dos bosques, Ouco ainda o grande rumor despertar E nenhuma voz que o faca libertar. |
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No fundo, sinto-me apodrecer.
Agora sei onde e de que irei morrer: A beira do Tejo, de suas margens macilentas e inclinadas. Nada e mais belo e triste E a existencia sublime e lenta. De tarde vagueio pelos prados E a noite ouco o queixume dos fados Ate romper a madrugada. - “A vida e imensa tristura” - E logo sinto as amarras desse mal Que no tempo aguarda fatal. Sao as varinas quem canta o fado E os entes que ja nada esperam. -“Mais um copo pra esquecer”- Deixam-no desamparado, Ecoando por becos e vielas, Num silencio que consente. Um deles ouvi cantar E minha frieza tornou-se em pesar: “Nada me consola alem da dor. A vida nao conhece o perdao, Mais nao tenho que este meu fado P’ra me encher a noite, sem amor.” No fundo, sinto-me apodrecer; Aqui, de nada serve morrer, Onde tudo se perde na volupia da dor: Lisboa, outrora cidade das cidades, Arrasta o passado no presente, E ve nas ruinas uma gloria que mente. Por essa miragem me encantei; Tambem eu descobri e conquistei, Para afinal, de tudo ser perdedor Morrendo na lentidao da corrente, Junto a campa do mais nobre Dos sonhos: “tudo e dor”. |
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