Disc 1 | ||||||
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1. |
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Eu quis cantar
Minha cancao iluminada de sol Soltei os panos sobre os mastros no ar Soltei os tigres e os leoes nos quintais Mas as pessoas da sala de jantar Sao ocupadas em nascer e morrer Mandei fazer De puro aco luminoso punhal Para matar o meu amor e matei As cinco horas na Avenida Central Mas as pessoas da sala de jantar Sao ocupadas em nascer e morrer Mandei plantar Folhas de sonho no jardim do solar As folhas sabem procurar pelo sol E as raizes, procurar, procurar Mas as pessoas da sala de jantar Essas pessoas da sala de jantar Sao as pessoas da sala de jantar Mas as pessoas da sala de jantar Sao ocupadas em nascer e morrer |
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2. |
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3. |
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Seja eu,
Seja eu, Deixa que eu seja eu. E aceita O que seja seu. Entao deita e aceita eu. Molha eu, Seca eu, Deixa que eu seja o ceu E receba O que seja seu. Anoiteca e amanheca eu. Beija eu, Beija eu, Beija eu, me beija. Deixa O que seja ser Entao beba e receba Meu corpo no seu corpo, Eu no meu corpo. Deixa, Eu me deixo Anoiteca e amanheca |
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4. |
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5. |
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Ainda lembro o que passou
Eu voce em qualquer lugar Dizendo "Aonde voce for eu vou" E quando eu perguntei Ouvi voce dizer Que eu era tudo O que voce sempre quis Mesmo triste eu estava feliz E acabei acreditando em ilusoes Eu nem pensava em ter que esquecer voce Agora vem voce dizer "Amor, eu errei com voce e so assim pude entender, que o grande mal que eu fiz foi a mim mesmo" Vem voce dizer "Amor, eu nao pude evitar" E eu te dizendo "Liga o som e apaga a luz". |
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6. |
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8. |
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Ao meu redor esta deserto
Voce nao esta por perto E ainda esta tao perto Dentro dessa geladeira, Dentro da despensa e do fogao Dentro da gaveta Dentro da garagem e no porao Em todos os armarios, nos vestidos Nos remedios, num botao Por dentro das paredes, pelos quartos Pelos predios e no portao Ate no que eu nao enxergo Ate mesmo quando eu nao quero Eu nao quero Dentro da camisa No sapato, no cigarro Na revista, na piscina Na janela, no carro ao lado No som do radio Eu ouco a mesma coisa o tempo inteiro, em fevereiro Em janeiro, em dezembro Ao meu redor esta deserto Tudo que esta por perto E ainda esta tao perto |
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9. |
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Bem leve leve
Releve Quem pouse a pele Em cima de Madeira Beira beira Quem dera mera mera Cadeira Mas breve breve Revele Vele vele Quem pese Dos pes a caveira Dali da beira Uma palavra cai no chao Caixao Dessa maneira Uma palavra de madeira Em cada mao Imbuia Cerejeira Bem leve leve Revele Quem pouse a pele Em cima de Madeira Beira beira Quem dera mera mera Cadeira Mas breve breve Revele Vele vele Quem pese Dos pes a caveira Jacaranda Peroba Pinho Jatoba Cabreuva Garapera Uma palavra de madeira Cai no chao Caixao Dessa maneira |
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10. |
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A boiada seca
Na exurrada seca A trovoada seca Na enxada seca Segue o seco sem sacar Que o caminho e seco Sem sacar que o espinho e seco Sem sacar que seco e o Ser Sol Sem sacar que algum espinho seco secara E a agua que sacar sera um tiro seco E secara o seu destino seca O chuva vem me dizer Se posso ir la em cima Pra derramar voce O chuva preste atencao Se o povo la de cima Vive na solidao Se acabar nao acostumando Se acabar parado calado Se acabar baixinho chorando Se acabar meio abandonado Pode ser lagrimas de Sao Pedro Ou talvez um grande amor chorando Pode ser o desabotoado ceu |
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11. |
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Disc 2 | ||||||
1. |
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Arrepio, Arrepio
Arrepio de pancada Pancada, Pancada Pancada de arrepio Arrepio, Arrepio Arrepio de pancada Pancada, Pancada Pancada de arrepio Arrepio, Arrepio Arrepio de pancada Pancada, Pancada Pancada de arrepio |
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2. |
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Magamalabares
Acqua Mara O parquinho oxaie Quem esteve aqui via barquinho de gazeta Ancorar no misterio Notas musicais Dentre bolas de sabao que de nossas serenatas vieram Flores que ofertamos e que nunca morrerao em vasos e jarros se bronzeiam Os anjos de onde vem sua vida bem-vinda Os livros nao sao sinceros Quem tem Deus como imperio No mundo nao esta sozinho Ouvindo sininhos |
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3. |
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Olha como a chuva cai
E molha a folha aqui na telha Faz um som assim Um barulhinho bom Faz um som assim Um barulhinho bom Agora neva Vida veia ver-te Voa passarinho No teu canto canta Antiga cantiga No teu canto canta Antiga cantiga |
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4. |
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5. |
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Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro De hipocrisia que insiste em nos rodear Eu vejo a vida mais farta e clara Repleta de toda a satisfacao Que se tem direito Do firmamento ao chao Eu quero crer no amor numa boa E que isso valha pra qualquer pessoa Que realizar a forca que tem uma paixao Eu vejo um novo comeco de era De gente fina, elegante e sincera Com habilidade pra dizer mais sim do que nao Hoje o tempo voa amor Escorre pelas maos Mesmo sem se sentir E nao ha tempo que volte amor Vamos viver tudo o que ha pra viver Vamos nos permitir |
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6. |
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7. |
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Me vejo no que vejo
Como entrar por meus olhos Em um olho mais limpido Me olha o que eu olho E minha criacao Isto que vejo Perceber e conceber Aguas de pensamentos Sou a criatura Do que vejo? BLANCO I see myself in what I see Coming through my eyes In a clearer eye Look at me What I see is my creation Perceiving is to conceive Waters of thoughts I'm the creature of my vision |