Disc 1 | ||||||
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1. |
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Senhora dona eu lhe dou meu coracao
Fazei de mim o seu altar, seu louva-a-Deus Nasci pra ser o seu escravo, guia Sonhei a estrada que me traz o dia Senhora deusa da paixao Quero o ventre E o pensamento Quero vinho E quero o pao Quero o leito, Quero a mesa Quero a casa, Quero a oracao Senhora dona da paixao... |
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2. |
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Algo me dira
Desta historia misteriosa nascera Nao conheco essas paragens Que clarao Me carrega, Me empurra Desconcerta a razao Corro sem parar Nessas trilhas, Sem controle, sem lugar Tudo ou nada me sussurra ao coracao Bate pedra, Bate lua, Bate chao Vamos contra o sol E o cavalo nao respeita a minha voz E encanto, E magia, Nao sei nao E certeza que um vento louco atras vem Tarde de um azul, Mas o ceu chorando Galhos rebentando Que nao machucam Sensacao que nao conheca Sonho de amor Algo me dira Desta historia misteriosa nascera Tudo ou nada Me sussurra ao coracao Um chamado Desconcerta a razao Ei, ei, ei, ei, ei... So sei que sinto A cor do teu olhar Me deixo carregar Por onde for Me agarro na loucura da visao Fantasia,alegria E pura maravilha Algo me dira Desta historia misteriosa nascera Nao conheco essas paragens, que clarao E o amor que me faz pleno o coracao Jogo o laco, pego o traco da paixao Vivo a vida Com o laco da paixao Jogo o laco, pego o traco da paixao E, e, e, e... |
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3. |
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Na minha cidade tem poetas, poetas
Que chegam sem tambores nem trombetas Trombetas e sempre aparecem quando Menos aguardados, guardados, guardados Entre livros e sapatos, em baus empoeirados Saem de reconditos lugares, nos ares, nos ares Onde vivem com seus pares, seus pares Seus pares e convivem com fantasmas Multicores de cores, de cores Que te pintam as olheiras E te pedem que nao chores Suas ilusoes sao repartidas, partidas Partidas entre mortos e feridas, feridas Feridas mas resistem com palavras Confundidas, fundidas, fundidas Ao seu triste passo lento Pelas ruas e avenidas Nao desejam glorias nem medalhas, medalhas Medalhas, se contentam Com migalhas, migalhas, migalhas De cancoes e brincadeiras com seus Versos dispersos, dispersos Obcecados pela busca de tesouros submersos Fazem quatrocentos mil projetos Projetos, projetos, que jamais sao Alcancados, cansados, cansados nada disso Importa enquanto eles escrevem, escrevem Escrevem o que sabem que nao sabem E o que dizem que nao devem Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas Como se fossem cometas, cometas, cometas Num estranho ceu de estrelas idiotas E outras e outras Cujo brilho sem barulho Veste suas caudas tortas Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas Esvaindo-se em milhares, milhares, milhares De palavras retrocedendo-se confusas, confusas Confusas, em delgados guardanapos Feito moscas inconclusas Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo Que eles veem nos vao dizendo, dizendo E sendo eles poetas de verdade Enquanto espiam e piram e piram Nao se cansam de falar Do que eles juram que nao viram Olham para o ceu esses poetas, poetas, poetas Como se fossem lunetas, lunetas, lunaticas Lancadas ao espaco e ao mundo inteiro Inteiro, inteiro, fossem vendo pra Depois voltar pro Rio de Janeiro |
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4. |
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Alma al aras a las que pasan
Del ave que en vuelo anda Alma el ama en mantra Alma del lugar noche y fogata As del luz y el fuego en llama Llama al alma y canta Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma Canta- sol de la naturaleza llama Alma que al tramar tramas en mantras Haz que el luz aves alas as Salve al cuerpo y alma Alma nombre a Dios o al que es amigo Fiel en si y a uno mismo Voz del cuepo y alma Canta pensamiento y alma el alma en mantra Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma Canta- sol de la naturaleza llama Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma Canta- sol de la naturaleza llama Canta pensamiento y alma el alma en mantra Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma Canta- sol de la naturaleza llama Canta pensamiento y alma el alma en mantra Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma |
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5. |
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Rouxinol tomou conta do meu viver
Chegou quando procurei Razao pra poder seguir Quando a musica ia e quase eu fiquei Quando a vida chorava mais que eu gritei Passaro deu a volta ao mundo e brincava Rouxinol me ensinou que e so nao temer Cantou se hospedou em mim Todos os passaros, anjos dentro de nos Uma harmonia trazida dos rouxinois |
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6. |
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De janela, o mundo ate parece o meu quintal
Viajar, no fundo, e ver que e igual O drama que mora em cada um de nos Descobrir no longe o que ja estava em nossas maos Minha vida brasileira e uma vida universal' E o mesmo sonho, e o mesmo amor Traduzido para tudo o que o humano for Olhar o mundo e conhecer Tudo o que eu ja teria de saber (Canto) Estrangeiro eu nao vou ser Estrangeiro eu nao vou ser E, e, e, Estrangeiro eu nao vou ser e, e De janela, o mundo ate parece o meu quintal Viajar, no fundo, e ver que e igual O drama que mora em cada um de nos Descobrir no longe o que ja estava em nossas maos Minha vida brasileira e uma vida universal' E o mesmo sonho, e o mesmo amor Traduzido para tudo o que o humano for Olhar o mundo e conhecer Tudo o que eu ja teria de saber (Canto) Estrangeiro eu nao vou ser Eu nao vou Cidadao do mundo eu sou Estrangeiro eu nao vou ser Cidadao do mundo eu sou Cidadao do mundo eu sou Cidadao do mundo eu sou Estrangeiro eu nao vou ser E, e E, e E, e Estrangeiro eu nao vou ser Cidadao do mundo eu sou Eu sou Eu sou |
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7. |
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8. |
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10. |
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11. |
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Era um, era dois, era cem
Mil tambores e as vozes do alem Morro velho, senzala, casa cheia Repinica, rebate, revolteia E trovao no ceu e candeia Era bumbo, era surdo e era caixa Meia-volta e mais volta e meia Pocoto, trem de ferro e uma luz Procissao, chao de flores e Jesus Bate forte ate sangrar a mao E batendo pelos que se foram Os batendo pelos que voltaram Os tembores de Minas soarao Seus tambores nunca se calaram Era couro batendo e era lata Era um sino com a nota exata Pe no chao e as cadeiras da mulata E o futuro nas maos do menino Batucando por fe e destino Bate roupa em riacho a lavadeira Ritmando de qualquer maneira E por fim o tambor da musculatura O tum-tum ancestral do coracao Quando chega a febre ninguem segura Bate forte ate sangrar a mao Os tambores de Minas soarao Seus tambores nunca se calaram... |
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12. |
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